Trabalhar sob pressão é quase um desporto olímpico nos dias que correm. Prazos apertados, objetivos ambiciosos, emails que nunca mais acabam… E, no meio deste caos coreografado, espera-se que as equipas estejam motivadas, produtivas e, cereja no topo do bolo, felizes…
Ambicioso? Sim. Impossível? Nem por isso.
A verdade é que a felicidade nas equipas não acontece por acaso. Também não nasce com o catering da reunião de terça-feira. É algo que se cultiva, com intenção, consistência e, vá… um pouco de diversão à mistura (sim, estamos a falar de nós, mas já lá vamos).
De um ponto de vista profissional, a saúde emocional da equipa torna-se um ativo estratégico. As pessoas tornam-se mais produtivas, mais focadas, e os resultados aparecem em maior e melhor quantidade. É uma estratégia de alta performance.
De um ponto de vista pessoal, sentir empatia pelos outros e, ao mesmo tempo, sentir que os outros sentem empatia por nós transforma a nossa maneira de estar. É uma emoção forte que, num trabalho “normal”, nos acompanha das 9h às 18h, fazendo mais de 30% do nosso dia – mais de 50%, se considerarmos apenas as horas em que as pessoas costumam estar acordadas, pelo que estamos a influenciar uma grande fatia do dia das pessoas.
Equipas felizes não nascem do acaso!
Mas afinal, por que é que vale a pena preocupar-se com a felicidade da equipa? Porque compensa. E muito!
Segundo um estudo da University of Oxford, colaboradores felizes são, em média, 13% mais produtivos. Além disso, equipas com boas relações internas têm reduções de até 40% no turnover. Ou seja, quando a equipa se dá bem, trabalha melhor e fica por mais tempo.
Por outro lado, um estudo da Harvard Business Review mostra que ambientes de trabalho saudáveis e com relações de confiança recuperam mais depressa de falhas ou períodos críticos, melhorando a produtividade e os resultados da empresa.
Ou seja: uma equipa feliz não é só “uma equipa fofinha”. É uma equipa estratégica!
Mas, como criar este tipo de ambiente num cenário onde o stress é o prato do dia?
A resposta é simples: com pequenos gestos consistentes. Vamos a isso?
1. Criar momentos de conexão fora do contexto de trabalho
Parece simples. Mas faz toda a diferença. Quando as pessoas se conhecem fora da pressão dos objetivos, constroem confiança, e confiança é a base de qualquer equipa de alta performance.
👉 A nossa sugestão? Cria momentos informais, descontraídos, onde as pessoas possam ser… pessoas. Um almoço fora, uma saída de escape room ou (porque não?) uma experiência com a The Portuguese Buddy, cheia de desafios pensados para cultivar empatia, escuta e cooperação. (A escolha da empresa foi totalmente imparcial, claro 😄)
2. Normalizar a vulnerabilidade (sim, mesmo no trabalho)
Não estamos a falar de uma sessão de terapia em grupo no open space (embora, às vezes, pareça tentador). Estamos a falar de líderes e membros de equipa que conseguem dizer: “preciso de ajuda”, “errei”, ou “não estou no meu melhor”.
Porquê? Ambientes onde é seguro mostrar fragilidade são os mesmos onde a inovação, a entreajuda e a autenticidade florescem.
👉 Queres mais uma dica nossa? Tudo isto começa na liderança. Quando a liderança mostra vulnerabilidade, abre caminho para que todos o façam. E é aí que os laços verdadeiros se formam. Isto cria laços autênticos e diminui o medo de falhar.
3. Apostar na escuta ativa (e não só nas reuniões de feedback)
O título diz tudo. Estar atento. Reparar quando alguém se cala. Notar quando o tom muda. Ouvir de verdade – mesmo nas conversas informais. Perceber as pessoas da equipa, sejas tu líder ou “apenas” parte da mesma, e atuar antes que seja tarde demais.
👉A escuta ativa cria coesão, segurança e compromisso. Previne problemas, reduz tensões e aproxima as pessoas. E, no fundo, é disso que falamos quando dizemos “equipa”.
4. Celebrar (até as pequenas vitórias)
No ritmo acelerado de hoje, é fácil esquecer o que corre bem. Mas celebrar (mesmo que seja um prazo cumprido ou um feedback positivo) reforça o sentimento de pertença e reconhecimento.
Sabias que… colaboradores que recebem reconhecimento regular são 5 vezes mais propensos a sentirem-se valorizados e motivados no trabalho? E não, não estamos a inventar – é um estudo da Gallup feito em 2022 sobre este mesmo tema!
👉 Abre espaço para celebrações! Reconhece os outros. Celebra conquistas. E se for a tua vitória? Partilha também! No final, as vitórias de cada um são vitórias da equipa.
Em resumo…
Ambientes de alta pressão não têm de ser ambientes de alta tensão. Com pequenos gestos (intencionais), é possível transformar equipas stressadas em equipas ligadas, coesas e, sim, felizes.
E, se precisares de ajuda para dar esse passo, nós estamos aqui: na The Portuguese Buddy criamos experiências que tiram a equipa do piloto automático e a colocam onde os laços se criam de verdade: no terreno da empatia, da confiança, da escuta e da partilha.
Queres saber como podemos ajudar a tua equipa a criar laços mesmo em ambientes exigentes? Fala connosco. Vai saber bem mudar de ares!
Referências:
Oswald, A. J., Proto, E., & Sgroi, D. (2015). Happiness and Productivity. University of Warwick. Disponível em: https://warwick.ac.uk/newsandevents/pressreleases/new_study_shows/
Gallup (2022). State of the Global Workplace Report 2022. Disponível em: https://www.gallup.com/workplace/349484/state-of-the-global-workplace.aspx
Gallup (2023). The Relationship Between Employee Engagement and Turnover. Disponível em: https://www.gallup.com/workplace/257578/employees-quit-bosses.aspx
Moss, J. (2023). Creating a Happier Workplace Is Possible — and Worth It. Harvard Business Review. Disponível em: https://hbr.org/2023/10/creating-a-happier-workplace-is-possible-and-worth-it